Ginástica na Praça
- 17 de mai. de 2019
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Atualizado: 20 de jun. de 2019

Gosto muito dessa foto de 2003, quando iniciamos o Projeto Ginástica na Praça. Era uma ousadia trazer as práticas corporais chinesas para o meio do cerrado, na divisa entre Minas e Goiás. É que eu havia sido tomada pela paixão de praticar Lian Gong e queria ensinar. E aliviar dores antigas como as minhas, alinhar as pessoas para ficarem mais perto do céu. Música bonita chamando a atenção para um ritmo de quatro tempos a conduzir os movimentos.
O olhar ora seguindo as mãos, ora olhando sem ver para o horizonte. Tão complexos na assimetria e tão fáceis de executar. Seguros, podiam ser feitos em qualquer lugar, nós descalços, ao ar livre. Sim, ocuparíamos as praças, exigiríamos que estivessem limpas e iluminadas. Tive a honra de ter uma educadora física como aluna e foi ela que me ensinou a fazer cada dia melhor.
A Denise tinha a manha de adivinhar o corpo da gente e viu logo que não seria fácil ensinar o enraizamento para nossos alunos ocidentais, acostumados ao samba e ao forró. Num processo bonito fomos achando um jeito de dedilhar os meridianos, ajustar os quadris, alinhar as articulações. Treinamos muita gente das equipes de saúde. Aqui estamos 13 anos depois para mostrar que a tradição de outros povos vai passando por aí e quando chega, toca nas células da gente e torna o impossível, real!
E lá na praça rola muita alegria. Deve ser porque temos prazer em ir pra lá e porque tem feito bem. Agora já temos uma Confraria da Terra. A gente troca mudas de plantas agrestes (agora se chamam PANCs- Plantas Alimentícias Não Convencionais), comemos bolinhos de milho e refrescos exóticos de ervas e raízes.





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